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Carta Ao Remetente

E começa a o oitavo episódio da segunda tempora da minha vida, meus 28 anos.

Refleti sobre o tempo, buscando compreender as emoções e razões que moldaram minha jornada. No eco das histórias vividas, encontro memorias de uma intensidade que desafiou o próprio destino. Vejo lágrimas que fluíram como rios, testemunhando dores que pareciam não ter fim. 

Quanto tempo deixamos escapar sem conceder a devida atenção ao nosso frágil coração? 

Ele sussurra anseios que muitas vezes calamos por medo de errar, por receio de revelar a vulnerabilidade que repousa dentro de nós.   

Imaginemos, por um instante, se Deus nos presenteasse com apenas o amanhã para vivenciar o que até então permaneceu inexplorado. Nos permitiríamos sentir as marés desconhecidas da emoção? Qual seria o teor da nossa derradeira prece? 

A dor, por mais profunda, tem sua estação, seu momento de desvanecimento.  

E no vazio que ela deixa, a vida encontra espaço para florescer, para se transformar em algo que vai além do comum. 

Mais que uma simples razão para respirar, anseio por descobrir uma causa genuína pela qual valha a pena sacrificar tudo. Que minha trajetória seja o prólogo meticulosamente construído daquilo que se tornará meu epílogo.  

Que cada suspiro dado e cada desafio enfrentado não sejam em vão, mas sim alicerces de uma narrativa que inspire outros a encontrar significado em cada instante. 

 E se, de fato, o último amanhã se aproximasse, onde residiria o nosso amor?  

Será que encontraríamos conforto no fato de termos amado plenamente, de termos abraçado a jornada com paixão desmedida?  

Assim, almejo viver cada dia como alguém que compreende a fugacidade da vida, como quem segura o conhecimento do fim iminente.  

E, quando chegar a hora, desejo partir deste mundo como alguém que não apenas viveu, mas que também soube, com profunda certeza, o que significa verdadeiramente existir.